Olá amigos,
Hoje vou mostrar um pouco da história de um pequeno carro,mas com certeza agrada a todos.
A história
Tudo começou quando o engenheiro de origem turca, Alec Arnold Constantine Issigonis, da montadora britânica Morris, foi convocado, em virtude da grave crise do petróleo que assolou o mundo no final da década de 50, a desenvolver um carro pequeno, com no máximo três metros de comprimento, que transportasse quatro adultos com relativo conforto, barato e que consumisse pouquíssima gasolina. Ele sabia que a quarta razão para se fabricar o automóvel era a que realmente importava. O carro, com o nome de código ADO 15 (sendo ADO a sigla de Austin Drawing Office, ou departamento de estudos da empresa, e 15 o número do projeto), foi desenhando e desenvolvido em tempo recorde. Dois protótipos foram construídos e em julho de 1958, Alec, convidou o diretor-gerente da montadora, Sir Leonard Lord, para testá-lo. O pequeno carro entusiasmou Sir Lord, que determinou sua produção imediatamente. Finalmente no dia 8 de maio de 1959 o mercado inglês conhecia um carrinho compacto (media apenas 3.05 metros de comprimento), leve (pesava somente 620 kg), repleto de inovações como carroceria monobloco, motor transversal, tração dianteira, suspensão sem amortecedores e rodas de 10 polegadas, que se tornaria um ícone da indústria britânica. No dia 26 de agosto de 1959 o pequeno automóvel, apresentado ao público curiosamente com dois nomes, Austin Seven e Morris Mini Minor, já estava à venda por apenas £496.
Nessa foto da pra perceber o quanto ele chama a atenção. |
O automóvel impressionava pelo aproveitamento do espaço e pela estabilidade. Mas talvez a mudança de conceito mais admirável, e que fez dele uma lenda da indústria automobilística, tenha sido a utilização de solda externa da carenagem. Dividida em pequenas peças, podia ser toda encaixada pelos cantos. E manualmente. O resultado foi uma drástica diminuição nos custos. O Mini, como o veículo foi oficialmente batizado, poderia chegar às lojas com um preço imbatível, pouquíssimo superior ao de produção. Era um automóvel genial, mas o sucesso não veio de imediato. Uma conta equivocada fez com que os primeiros lotes do automóvel fossem ofertados com preço abaixo de custo, e as perdas da BMC (British Motor Company) foram bastante razoáveis. O sucesso de público, e crítica, somente piorava a situação. E a direção da empresa pensou em acabar com o projeto. A década seguinte seria de redenção para a British Motor Company. O público estava dividido. Mas seu poder de sedução era tão grande que aqueles que o compravam, espalhavam a boa notícia das qualidades daquele carrinho tão simpático. Sua crescente popularidade coincidiu com os “loucos” anos 60, transformando-se em objeto do desejo de artistas de cinema e consagrando-se em uma sequência célebre de perseguição no filme “The Italian Job” (1969), com Michael Caine e Margaret Blye. Agilidade sempre foi o forte do pequeno carro. Ele era capaz de vencer as mais estreitas ruelas europeias, podia ser manobrado no espaço de meia rua e cabia em qualquer lugar. É preciso que se admita: o carro de Sir Alec deve muito de seu sucesso a um adjetivo pouco convencional, chamado na época de “classlessness”(algo como “sem distinção de classe social”).
Decididamente criado para as massas, o pequeno Mini era tão carismático que, no início dos anos 60, já contava entre seus fãs com duas instituições britânicas. Acostumada com imponentes Rolls-Royce e Bentley luxuosíssimos, a Rainha Elizabeth II tinha um Mini prateado. Os Beatles também circulavam com o carrinho pelas ruas. Também era um carro excelente para disputar provas de velocidade. Uma questão de tempo até aparecer alguém disposto a fazer algumas modificações e colocá-lo à prova. O rapaz se chamava John Cooper, filho de Charles Cooper, dono da Cooper Car Company, especializada em carros de corrida. Assim que o primeiro lote do automóvel ficou pronto, o empresário adquiriu algumas unidades para testes. Primeiro turbinou o motor, subindo a potência para 997 cilindradas. Também mudou o sistema de freios e rebaixou o chassi para ganhar mais estabilidade. Foi o grande vencedor do Rali de Monte Carlo em 1964. A imprensa europeia estampava manchetes alucinadas: “Um milagre sobre rodas”. O sucesso do modelo foi tamanho que a fábrica resolveu colocá-lo à venda.
Em 1964, foram vendidas mais de mil unidades. Quando a linha de montagem do Mini Cooper fechou as portas, em 1967, o carro contabilizava mais de 12 mil unidades vendidas. Nesse meio tempo, John Cooper aproveitou para criar outro modelo ainda mais esportivo, com 1.071 cilindradas. Ficou conhecido como Mini Cooper S (de Sport), vendendo mais de 4 mil unidades em menos de um ano. Em 1970, os emblemas da Austin e da Morris desaparecem do novo modelo. A partir de agora os carros chamam-se simplesmente Mini (escritos com letras minúsculas). A globalização do modelo conheceria seu ápice em 1972, quando o Mini Cooper passou a ser fabricado pela fábrica Innocenti na Itália. Nascia assim o Innocenti Cooper, um mito de Milão à Sicília. Nesta época, o pequeno automóvel já ocupava a garagem de mais de 3 milhões de consumidores, sendo produzido sob licença na Austrália, Portugal e Itália, e também na África do Sul, Chile, Uruguai, Espanha, Venezuela e Iugoslávia. Outro fato interessante da época é que, segundo estimativas da fábrica, as mulheres eram responsáveis por 50% das vendas do automóvel. O aniversário de 25 anos – em 1984 – foi comemorado com uma versão especial, equipada com rodas de 12 polegadas. Daí em diante, o tempo passaria rápido, com incrementos na segurança e conforto.
Foi somente no ano de 2000 que o pequeno automóvel saiu definitivamente de cena para dar lugar ao novo MINI, reinterpretado e fabricado com a chancela da alemã BMW. A marca e o modelo são as únicas heranças da britânica Rover, após sua venda para o grupo alemão em 1984. O carro era tão apaixonante ao ponto da fabricante alemã ter vendido a Rover, mas mantido os direitos sob a marca MINI. Uma equipe de jurados composta de 100 especialistas da indústria automobilística elegeu o Mini o carro mais importante do século 20. Embora o antigo Mini fosse raramente visto nos Estados Unidos, na Europa ele ajudou a definir projetos tanto para carros quanto para ruas de cidades. O carro que simbolizou a indústria automobilística inglesa por 40 anos chegava ao fim da linha. Era chegada a hora de reinventá-lo. O novo modelo era sucessor direto do clássico de 1959.
Essa nova geração, apresentada no Salão do Automóvel de Paris de 2000, era 60 centímetros mais longo e 30 cm mais largo que o modelo original. O novo MINI vinha com várias características novas e diversos itens opcionais. Unia tecnologia de ponta, modernos e eficientes padrões de segurança e qualidade, assim como a tradição dos valores da marca MINI, tais como otimização do espaço interior aliado a um exterior de dimensões compactas. O novo modelo foi totalmente desenvolvido na Europa, com design e engenharia elaborados na Alemanha e Reino Unido, sendo produzido segundo os padrões de qualidade do Grupo BMW. A maior diferença para o Mini clássico era mesmo o preço. O carro agora valia o peso de sua história mítica. A fim de distinguir o novo modelo do antigo, passou-se a denominar MINI (com letras maiúsculas).
Ainda em 2001, ano oficial de seu lançamento, para incrementar ainda mais seu valioso produto, o fabricante apresentou um modelo mais potente e esportivo, o MINI COOPER S, um carro com ar mais agressivo e um motor mais potente do que a versão original. Três anos depois surgia a versão conversível, chamada MINI COOPER CABRIO, que se tornou um sucesso em vendas. Em menos de uma década o novo MINI se tornou um verdadeiro sucesso. O segredo da marca foi reeditar o espírito do Mini Cooper original em uma vestimenta moderna. Foi essa combinação de passado e presente descolado que chamou a atenção de milhões de consumidores no mundo inteiro. A partir de 2011, a marca voltou às corridas de rali, que junto com a equipe Prodrive (uma das maiores especialista em preparar carros offroad), participou de algumas etapas do WRC (Campeonato Mundial de Rali). O modelo escolhido para representar a marca no WRC foi MINI COUNTRYMAN. Além de vender seu carro para outras equipes, a marca planeja em breve correr com uma equipe oficial.
Mais uma vez contei com a colaboração do parceiro do Site Diego Cardoso, também gostaria de agradecer à concessionaria Euro Import/BMW, onde foram tiradas algumas fotos que ilustram essa matéria.
Tem muito mais pra colocar,mas vou finalizar com fotos de um dos principais personagens Britânicos o ator Rowan Atkinson mais conhecido como o Mr. Bean acho que ele tem uma grande participação do sucesso desse carro.
E concluir com a linha do tempo desse simpático carrinho.
A linha do tempo
1959
● Primeira vitória da montadora no Mini Miglia National Rally, com um Mini 850 dirigido por Pat Moss, a primeira mulher a participar de um competição internacional de rali.
1961
● Lançamento da simpática perua COUNTRYMAN, que, dependendo do acabamento, trazia decoração com madeira nas laterais e, derivada desta, surgiu a TRAVELLER, versão rústica para trabalho e transporte leve que tinha chapas no lugar dos vidros traseiros.
● Lançamento em janeiro da versão caminhonete, chamada de Mini PICK-UP.
● A primeira versão esportiva, Mini Cooper, é introduzida no mercado.
1962
● Em janeiro o Austin Seven passa a ser conhecido oficialmente como o AUSTIN MINI.
1963
● Lançamento do Mini COPPER S, com um motor de 1071cc, versão mais potente e esportiva do carro.
1964
● Lançamento do jipinho Mini MOKE, destinado em princípio ao uso militar para divisão de paraquedismo. Foi recusado pelas forças armadas por ser baixo e não ter opção de tração nas quatro rodas. Mas na versão civil, com capota de lona, fez enorme sucesso na Austrália, África do Sul, na Costa Azul francesa e na Califórnia.
1965
● O milionésimo Mini é vendido, agora com bancos reclináveis.
1969
● Lançamento do Mini CLUBMAN, versão com a frente mais reta, grade retangular e faróis integrados, assim como alguns acessórios opcionais como vidros elétricos e vidro traseiro aquecido.
1976
● Lançamento da primeira edição especial do Mini (possivelmente a primeira edição especial de todos os fabricantes de automóveis) sob a forma do Mini 1000 SPECIAL.
1979
● Para celebrar o 20º aniversário do Mini é lançado o 1100 SPECIAL, disponível nas cores cinza prateado e rosa metalizado. Inicialmente estava planejada a produção de apenas 2.500 unidades, que mais tarde chegou a 5.000, devido à extrema popularidade do modelo.
1983
● Lançamento em 17 de outubro do Mini SPRITE SE. Com uma produção limitada a 2.500 unidades, a edição especial do automóvel incluía rodas de liga leve com abas mais largas.
1991
● Lançamento do Mini COOPER 1.3i, distinguível pelos novos faróis adicionais, faixas no capô e um motor com injeção.
● Lançamento do Mini CABRIOLET (versão inteiramente conversível com rodas de alumínio, pneus de perfil baixo, faróis auxiliares, spoiler dianteiro e interior muito luxuoso) e do exótico Mini NEON.
2000
● No dia 4 de outubro deixou a linha de produção o último Mini clássico.
2001
● Apresentado pela BMW o novo MINI, agora escrito com letras maiúsculas.
● Lançamento da versão conversível chamada MINI COOPER CABRIO. A segunda geração do modelo foi lançada em 2009.
2007
● A moda do revivalismo nos automóveis veio para ficar. Com o início da comercialização em novembro na Inglaterra, surge mais uma versão do MINI: CLUBMAN, inspirado nos modelos Traveller, Countryman e Clubman dos anos 60. O novo modelo é uma versão alongada do MINI tradicional. Com a extensão da carroçaria, este modelo recebeu elementos diferenciados como: portas suicidas do lado direito (que se abrem do lado contrário), facilitando o acesso de passageiros ao banco traseiro; porta-malas maior que o original; e traseira com duas portas que abrem para os lados, facilitando o acesso. O modelo conta com um motor de 1.6 litros, com quatro cilindros, que produz 120cv de potência. Existe, também, a variante S do modelo, cujo motor é turbinado.
2008
● Apresentação do MINI JOHN COOPER WORKS, versão esportiva modificada de fábrica. A versão “mais nervosa” do MINI trás debaixo do capô um motor 1.6 turbo de 207 cavalos de potência, suficientes para acelerar de 0-100 em 6,5 segundos. Em relação ao design a versão tem rodas exclusivas, body kit, além de outras melhorias mecânicas, como sistema de escape esportivo, suspensão melhorada e câmbio manual de seis marchas.
2009
● Lançamento, em comemoração aos 50 anos do pequeno carrinho, dos modelos MINI 50 MAYFAIR e MINI 50 S CAMDEN, equipados com motores de 120cv e 178cv de potência. Também foi disponibilizada uma versão a diesel, com 110cv, capaz de fazer mais de 25 km/l.
2010
● Lançamento do MINI COUNTRYMAN, versão crossover do tradicional automóvel que herdou o nome da perua produzida pela montadora na década de 60. O novo modelo é primeiro 4 portas da MINI e está disponível nas versões 4x2 e 4x4 e cinco motorizações à escolha: três a gasolina e duas Diesel, com potências que oscilam entre os 90cv e 184 CV. O novo modelo oferece como opcionais sistema de navegação e áudio, teto panorâmico, faróis com regulagem de altura e banco traseiro de três lugares (de série, são apenas dois lugares).
2011
● Lançamento do MINI COUPÉ, veículo mais veloz da marca com espaço para apenas dois ocupantes. Os elementos característicos do MINI estão todos lá, como os faróis arredondados e a grade com apliques cromados. O interior também é parecido com seus ‘”irmãos”, com uma overdose de formas circulares e o nada discreto velocímetro no centro da cabine. O modelo oferece duas opções de motorização, ambas com 1.6 litros: enquanto a versão “de entrada” tem 122cv, o Coupé S esbanja 184cv. No caso da opção mais arisca, os números de desempenho indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 6.9 segundos e velocidade máxima de 230 km/h.
2012
● Lançamento do MINI ROADSTER, primeiro conversível de dois lugares da montadora. O carisma que acompanha os modelos da MINI desde o ressurgimento da marca, em 2001, é reforçado nesta versão. O par de “santantonios” (arcos instalados atrás dos bancos que protegem a cabeça dos ocupantes em caso de capotagem) está lá por segurança, mas não há como negar que eles conferem um charme todo especial ao veículo. De resto, o visual é praticamente o mesmo dos outros MINI, por qualquer ângulo que se olhe. Entre os itens de série, o conversível possui ar-condicionado, sistema de som com reprodução de arquivos em MP3, direção elétrica com servo-assistência (fica mais dura conforme a velocidade aumenta para melhorar a estabilidade) e entrada auxiliar, rodas de liga leve e sensores de estacionamento.
Fonte: Mundo das Marcas.
Marcus Vinícius tem 28 anos, trabalha como fotógrafo, mas seu grande sonho é trabalhar em alguma revista automotiva. Tem como Hobbies a fotografia automotiva e colecionar miniaturas de carros.
A câmera que mais usa é uma Canon T2i, mas também possui uma Kodak M853.
Curte muito Ferrari, mas admira as Lamborghini e gosta também dos carros tunados ou dos Muscles Cars e é louco por Fusca tunados.
A câmera que mais usa é uma Canon T2i, mas também possui uma Kodak M853.
Curte muito Ferrari, mas admira as Lamborghini e gosta também dos carros tunados ou dos Muscles Cars e é louco por Fusca tunados.
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