Lançado em Abril de 1964 já como modelo 1965 o Ford Mustang foi apresentado em duas versões: Conversível e Coupé 2 portas, fazendo um sucesso estrondoso, com a aposta baseada numa carroceria pequena(para os padrões americanos), motores fortes e um amplo leque de opcionais. Não tardaria muito para a Ford vender os Mustangs como água e a concorrência já vinha com força total para abocanhar uma fatia esse mercado. Em 1967, viria o que seria o carro apelidado de "Anti-Mustang": o Chevrolet Camaro.
Muitos dizem que ambos eram da categoria "Muscle Car", mas dadas as dimensões destes em relação ao Pontiac GTO (que inaugurou a série Muscle em 1964 com 5.16m), tanto o Mustang, quanto o Camaro eram miúdos (4.66m e 4.68m, respectivamente). Para fins de comparação, um Omega, que muitos consideram ser grande aqui no Brasil, mede 4.89m (nos EUA, está longe de ser a medida de um full size como um Crown Victoria ou um Caprice).
Desde que foi lançado o Anti-Mustang, o Camaro provou sucesso, embora nunca tenha matado efetivamente o cavalo da Ford e nem esta última tenha conseguido acabar com o Chevy. Isso ocorreu por causa da saudável existência de veículos similares que viraram o sonho de consumo de toda uma geração...Carros bons de guiar, sólidos e que aceleravam como mísseis, ou que podiam ser confortáveis carros familiares! Isso mesmo! A base era tão versátil, que podia receber inúmeros opcionais, vários tipos de acabamentos, câmbios, e, óbvio, motorizações. A versatilidade era usada, inclusive, para a geração dos primos do Camaro, como o Pontiac Firebird, fabricado pelo braço esportivo da GM, a Pontiac.
Elas iam do 6 em linha 230 (3,6 litros) com transmissão Saginaw de 3 velocidades, passando pelos V8 350(5.7 litros) e o 396 (6.1l), com os câmbios Powerglide e Turbo-Hydra-Matic. Isso só no ano de lançamento(1967)! É muito confuso diferenciar os Camaros às vezes, devido a essas quantitades exorbitantes de personalizações internas e externas. Já no ano de lançamento, você poderia comprar o Camaro e pôr a grade convencional(exibindo os faróis) ou a grade que escondia o conjunto ótico (dando aquela cara de malvado). As faixas esportivas podiam envolver a grade (única, com dois filetes nas bordas), ou seguirem o eixo longitudoinal do carro(duas faixas largas)... Só alguns logotipos efetivamente ajudam a descernir um carro do outro. Sem esquecer também do elegante teto de lona de algumas versões, que seria copiado mais tarde aqui no Brasil.
Havia 80 oções que a montadora fonecia para o carro e os revendedores ainda colocavam mais 40 outras opções de personalização para que a possibilidade de ver dois Camaros nas ruas exatamente iguais fosse mínima.
Apesar de o modelo que eu fotografei ser o RS, é difícil dizer qual a configuração dele, ja que eu não vi o motor e o interior está modificado, mas o que importa é ver as fotos e curtir o carro, então as vejam!!